terça-feira, outubro 26, 2010
quarta-feira, outubro 06, 2010
Fim da BOR LAND
What Can It Be: Bor Land 2000-2010
A Bor Land acaba aqui!
Últimas edições
Exposição
Novo www.bor-land.com
[ info ]
Últimas Edições
BL039 What Can It Be: Bor Land 2000-2010 [Serigrafia, 2010]
BL038 Bor Land Super Bands [Box, 2010]
Exposição
Inaugura a 5 de Outubro às 17 horas
Gesto Cooperativa Cultural
Rua Cândido dos Reis 64, Porto, Portugal
Concertos
Old Jerusalem
Jorge Coelho
Most People Have Been Trained To Be Bored
Parece que os tornados e os relâmpagos não podem ter nomes, como têm os furacões. Diz-se que é por não durarem tempo suficiente. Há quem siga tornados por países inteiros mas depois não sabe como os tratar. Já os relâmpagos só ficam conhecidos pelos estragos que provocam. Por isso, baptizá-los seria da mais elementar justiça.
Mas além de darem jeito em encontros de terceiro grau, os nomes são óptimos fixadores de memória. Basta um nome para os neurónios estabelecerem relações diplomáticas entre si. E quando a informação está nos antípodas do cérebro, há discos rígidos e internet para ajudarem naquilo que podem.
Por exemplo: não havendo notícias da Bor Land há algum tempo, de certeza que ver o nome escrito será o suficiente para gerar associações. Vem-nos à memória muita da música portuguesa mais personalizada dos últimos tempos, daquela em que se parece estar a descobrir o segredo de alguém. Ao longo destes anos, foi-se conhecendo uma música próxima, feita por gente como nós, por muito diferentes que todos sejamos. Não é música feita para o umbigo, é música feita para alargar comunidades. Uma espécie de music next door, com estrangeirismos à mistura.
Porém, esta música foi parecendo familiar também pelo modo como nos chegou. Muitas vezes, projectos díspares pareceram próximos por haver um modo Bor Land de a divulgar. Uma marca que a identificava, manifestada no cuidado gráfico, na escolha dos locais para concertos, numa constante procura da surpresa. Houve edições limitadas em sacos de pano, formatos que desafiaram as prateleiras lá de casa, split cd's com projectos (aparentemente) distantes. Tudo tão cuidado que só faltou entregar pessoalmente os discos a cada um dos ouvintes. Na falta disso, convidaram-se os fãs para jantar e ver concertos em casa da Bor Land, chegando a haver concertos em casa deles. A bem da comunidade.
Acima de tudo, a Bor Land foi mostrando projectos musicais que tornaram a década 00 bastante mais interessante. Old Jerusalem, Norberto Lobo, La La La Ressonance, Alexandre Soares & Jorge Coelho, Lobster e Most People Have Been Trained to Be Bored são exemplos disso. Esta década pode não ter trazido géneros musicais que fizessem revoluções, mas trouxe formas novas de ouvir música. A revolução foi essa. Algures entre o aquecimento digital e o degelo de conceitos estabelecidos, tornou-se possível a editoras pequenas, como a Bor Land, dar visibilidade a projectos desconhecidos. A tecnologia facilitou o acesso e o acesso potenciou a ousadia. As fronteiras entre géneros tornaram-se ténues, os "discos do ano" passaram a vir do músico consagrado e do vizinho do lado. Olha-se para o catálogo da Bor Land e encontra-se uma forma nova de ouvir música – e isso está a fazer músicos diferentes.
Entretanto, passaram 10 anos. É um número redondo e um círculo que se fecha e está na altura de pegar no lápis e passar a outras geometrias. É essa a vontade dos seus responsáveis, que neste momento são o Rodrigo Cardoso e a Inês Lamares. Mas não vão sem se despedir. Deixam-nos um último evento que reúne tudo aquilo que fez o nome da editora: proximidade, sentido estético e factor surpresa. Chamaram-lhe "What Can it Be: Bor Land 2000 – 2010".
Uma década é mais do que o tempo de vida de um fenómeno natural. Para a Bor Land, foi o tempo suficiente para ter um nome reconhecido com a turbulência necessária para deixar uma marca. Num mundo perfeito, um qualquer território de rotinas pouco estabelecidas, a Bor Land seria a próxima candidata a baptizar furacões, tornados, relâmpagos e outras coisas que despenteiam. No mundo que temos, perdura em muitas colecções de discos e nas nossas memórias.
A Bor Land acaba aqui!
Sérgio Gomes da Costa, Outubro 2010
Exposição
Vai lá estar tudo o que tem feito a identidade desta editora. A saber, proximidade, sentido estético e factor surpresa. Para o mostrar, haverá uma exposição com o trabalho gráfico da editora, o leilão de uma caixa que inclui uma serigrafia e todo o seu catálogo, assim como concertos que mostrarão diferentes facetas de Old Jerusalem, Jorge Coelho e Most People Have Been Trained To Be Bored. Além dos pontos de contacto entre os artistas que gravaram com a Bor Land, o trabalho gráfico é uma das suas características mais evidentes. São as várias fases desse processo que se vai encontrar nas paredes da Gesto, materializadas em trabalhos originais usados nas capas dos discos, cartazes, bem como curiosidades associadas ao processo de produção de muitas destas edições. Quanto à caixa, tem uma serigrafia criada para este efeito e todas e cada uma das edições da Bor Land, no que se incluem vários promos raros. Além disso, será um exemplo único do cuidado estético da editora. Vai ser leiloada, estando a licitação aberta ao longo do mês de Outubro. Estão convidados.
Bor Land
Rua da Bataria 143
4000-106 Porto
Portugal
info@bor-land.com
www.bor-land.com
A Bor Land acaba aqui!
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Novo www.bor-land.com
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BL039 What Can It Be: Bor Land 2000-2010 [Serigrafia, 2010]
BL038 Bor Land Super Bands [Box, 2010]
Exposição
Inaugura a 5 de Outubro às 17 horas
Gesto Cooperativa Cultural
Rua Cândido dos Reis 64, Porto, Portugal
Concertos
Old Jerusalem
Jorge Coelho
Most People Have Been Trained To Be Bored
Parece que os tornados e os relâmpagos não podem ter nomes, como têm os furacões. Diz-se que é por não durarem tempo suficiente. Há quem siga tornados por países inteiros mas depois não sabe como os tratar. Já os relâmpagos só ficam conhecidos pelos estragos que provocam. Por isso, baptizá-los seria da mais elementar justiça.
Mas além de darem jeito em encontros de terceiro grau, os nomes são óptimos fixadores de memória. Basta um nome para os neurónios estabelecerem relações diplomáticas entre si. E quando a informação está nos antípodas do cérebro, há discos rígidos e internet para ajudarem naquilo que podem.
Por exemplo: não havendo notícias da Bor Land há algum tempo, de certeza que ver o nome escrito será o suficiente para gerar associações. Vem-nos à memória muita da música portuguesa mais personalizada dos últimos tempos, daquela em que se parece estar a descobrir o segredo de alguém. Ao longo destes anos, foi-se conhecendo uma música próxima, feita por gente como nós, por muito diferentes que todos sejamos. Não é música feita para o umbigo, é música feita para alargar comunidades. Uma espécie de music next door, com estrangeirismos à mistura.
Porém, esta música foi parecendo familiar também pelo modo como nos chegou. Muitas vezes, projectos díspares pareceram próximos por haver um modo Bor Land de a divulgar. Uma marca que a identificava, manifestada no cuidado gráfico, na escolha dos locais para concertos, numa constante procura da surpresa. Houve edições limitadas em sacos de pano, formatos que desafiaram as prateleiras lá de casa, split cd's com projectos (aparentemente) distantes. Tudo tão cuidado que só faltou entregar pessoalmente os discos a cada um dos ouvintes. Na falta disso, convidaram-se os fãs para jantar e ver concertos em casa da Bor Land, chegando a haver concertos em casa deles. A bem da comunidade.
Acima de tudo, a Bor Land foi mostrando projectos musicais que tornaram a década 00 bastante mais interessante. Old Jerusalem, Norberto Lobo, La La La Ressonance, Alexandre Soares & Jorge Coelho, Lobster e Most People Have Been Trained to Be Bored são exemplos disso. Esta década pode não ter trazido géneros musicais que fizessem revoluções, mas trouxe formas novas de ouvir música. A revolução foi essa. Algures entre o aquecimento digital e o degelo de conceitos estabelecidos, tornou-se possível a editoras pequenas, como a Bor Land, dar visibilidade a projectos desconhecidos. A tecnologia facilitou o acesso e o acesso potenciou a ousadia. As fronteiras entre géneros tornaram-se ténues, os "discos do ano" passaram a vir do músico consagrado e do vizinho do lado. Olha-se para o catálogo da Bor Land e encontra-se uma forma nova de ouvir música – e isso está a fazer músicos diferentes.
Entretanto, passaram 10 anos. É um número redondo e um círculo que se fecha e está na altura de pegar no lápis e passar a outras geometrias. É essa a vontade dos seus responsáveis, que neste momento são o Rodrigo Cardoso e a Inês Lamares. Mas não vão sem se despedir. Deixam-nos um último evento que reúne tudo aquilo que fez o nome da editora: proximidade, sentido estético e factor surpresa. Chamaram-lhe "What Can it Be: Bor Land 2000 – 2010".
Uma década é mais do que o tempo de vida de um fenómeno natural. Para a Bor Land, foi o tempo suficiente para ter um nome reconhecido com a turbulência necessária para deixar uma marca. Num mundo perfeito, um qualquer território de rotinas pouco estabelecidas, a Bor Land seria a próxima candidata a baptizar furacões, tornados, relâmpagos e outras coisas que despenteiam. No mundo que temos, perdura em muitas colecções de discos e nas nossas memórias.
A Bor Land acaba aqui!
Sérgio Gomes da Costa, Outubro 2010
Exposição
Vai lá estar tudo o que tem feito a identidade desta editora. A saber, proximidade, sentido estético e factor surpresa. Para o mostrar, haverá uma exposição com o trabalho gráfico da editora, o leilão de uma caixa que inclui uma serigrafia e todo o seu catálogo, assim como concertos que mostrarão diferentes facetas de Old Jerusalem, Jorge Coelho e Most People Have Been Trained To Be Bored. Além dos pontos de contacto entre os artistas que gravaram com a Bor Land, o trabalho gráfico é uma das suas características mais evidentes. São as várias fases desse processo que se vai encontrar nas paredes da Gesto, materializadas em trabalhos originais usados nas capas dos discos, cartazes, bem como curiosidades associadas ao processo de produção de muitas destas edições. Quanto à caixa, tem uma serigrafia criada para este efeito e todas e cada uma das edições da Bor Land, no que se incluem vários promos raros. Além disso, será um exemplo único do cuidado estético da editora. Vai ser leiloada, estando a licitação aberta ao longo do mês de Outubro. Estão convidados.
Bor Land
Rua da Bataria 143
4000-106 Porto
Portugal
info@bor-land.com
www.bor-land.com
Linda Martini
Anunciado como um dos mais aguardados discos do ano, “Casa Ocupada”, o 2º cd de originais dos Linda Martini, chega às lojas dia 1 de Novembro.
Em Abril , o 1º single “Belarmino” mostrou-nos o bairro, agora o novo single “Mulher-a-dias” entreabre a janela e fica claro que esta “Casa Ocupada” é um bom sítio para viver.
Consta que, aparentemente, todas as divisões estão tomadas e na sala reunidos os cúmplices… mas nesta casa há sempre lugar para mais alguém e a campainha não pára de tocar.
Concertos de Apresentação
Os Linda Martini vão realizar a tour de apresentação do seu novo disco “ Casa Ocupada” durante o mês de Outubro em quatro cidades:
Dia 22 de Outubro (6ªf) 22:00 Teatro Sá de Miranda (Braga)
Dia 23 de Outubro (sáb) 22:00 Hard Club (Porto)
Dia 29 de Outubro (6ªf) 22:00 Lux (Lisboa)
Dia 30 de Outubro (sáb) 22:00 Alfa Bar (Maceira Leiria)
Quem quiser estar presente nestes momentos especiais e únicos terá de fazer a pré-compra do disco na Fnac ou fnaconline e tem acesso imediato ao concerto na cidade que escolher.